A PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES SOBRE A METODOLOGIA PROBLEMATIZADORA: A MUDANÇA DE PARADIGMA EM RELAÇÃO AO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
A
pedagogia progressista utiliza a metodologia problematizadora de ensino como
principal ferramenta para reflexão-ação crítica sobre a realidade, promovendo a
interação na construção do conhecimento no curso de Direito. Por identificarmos que os parâmetros atuais de ensino se encontram em um período de transição, mas ainda muito fundamentados nos métodos tradicionais, liberais e sem uma preocupação na capacidade profissional, realizamos um estudo que traz como objetivo a analise opinativa dos estudantes sobre o método problematizador de ensino. Trata-se de
uma pesquisa de campo, qualitativa e descritiva, que se
deu por meio de um estudo de caso realizado com alunos da Faculdade de Timbaúba. As opiniões foram categorizadas de acordo com grupos temáticos.
Alguns
estudantes, do Curso de Direito, estão revoltados com alguns professores que, segundo eles, não
deveriam estar em sala de aula. A
maioria dos alunos consideram o método problematizador, da pedagogia progressista, bom, e afirmam, que a prática educativa atual, em relação à alguns
professores, deixam a desejar. Acredito que tal dado é preocupante. É preciso que os coordenadores dos Cursos de Direito em nosso país, já que acredito que este problema é geral, em especial o da Faculdade de Timbaúba, já que esta pesquisa foi realizada in loco, abram os olhos a esta realidade.
Grande parte dos estudantes relatam
que aprendem mais no diálogo problematizador. A
metodologia problematizadora não é bem vista por todos os discentes,
principalmente, por encontrarem parâmetros diferenciados de avaliação e de
participação em sala de aula. Indicam, como deficiência da metodologia, a falta
de avaliações escritas e questionam a credibilidade da aprendizagem somente
através do diálogo problematizado. Em
contrapartida, valorizam a troca de experiências em sala de aula, o esclarecimento das dúvidas em conjunto e a atuação e acompanhamento dos
professores.
Cabe, neste momento de transição, uma conscientização dos professores em sala de aula. É preciso entender que o professor é um sujeito crítico-reflexivo atuante na aprendizagem dos alunos e um instrumento no processo de desenvolvimento das capacidades de formulações de problemas, identificação de
desafios, e busca de alternativas.
José
Claudio Miguel Barbosa
Graduando em
Direito pela Faculdade de Timbaúba.
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