Wilson
Sebastião da Silva
“O mal do poder não está no poder, mas em alguns
dos seus detentores.” (Platão).
“O fracasso é apenas uma ocasião para se começar
de novo com mais sabedoria.” (Louise Hay).
Panorama
Internacional
Há muitos anos o Brasil aspira um assento
permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Muitas tentativas de mudança já foram debatidas sem resultado concreto de mudança. Seja através
do G-4 ou de outros fóruns multilaterais, a política externa brasileira vem
pautando suas ações numa constante defesa de um organismo que reflita uma nova
ordem internacional. Por outro lado, alguns estados permanentes do Conselho já
manifestaram claramente o desejo de manutenção do status. Neste sentido,
é possível identificar uma constante tensão política entre alguns estados
permanentes e alguns não permanentes do Conselho quanto ao seu alargamento. Algumas
tendências contemporâneas indicam o esforço do Brasil para o projeto de
inclusão permanente de mais estados no Conselho de Segurança. Para tanto, adota
como marco temporal as duas gestões do presidente Luis Inácio Lula da Silva
(2003-2011). A principal hipótese que o estudo propõe verificar é que, embora
desenvolva ações concretas, o Brasil dificilmente conseguirá alcançar uma vaga
permanente no Conselho de Segurança nas décadas vindouras, devido,
principalmente, ao conflito estrutural existente entre os dois lados em questão
(permanentes e não-permanentes), conforme previsto pelo marco teórico de
Stephen D. Krasner em seu livro "Structural Conflict: The Third World
Against Global Liberalism" (1985).
O Brasil nas Organização
das Nações Unidas.
O Brasil ocupa, atualmente um assento não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas como ocorreu no biênio de 2010-2011. Sendo a décima vez que o país é eleito, tornando-o, ao lado do Japão, o membro que mais vezes ocupou assento eletivo naquele Conselho.
O Brasil ocupa, atualmente um assento não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas como ocorreu no biênio de 2010-2011. Sendo a décima vez que o país é eleito, tornando-o, ao lado do Japão, o membro que mais vezes ocupou assento eletivo naquele Conselho.
O Brasil participa, atualmente, de nove
operações de manutenção da paz com cerca de 2.200 militares e policiais. A
participação brasileira na MINUSTAH –
Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (do francês, Mission des Nations Unies pour la
Stabilisation en Haiti), é o principal
envolvimento do Brasil em operações de manutenção da paz, é
uma missão de paz criada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em 30 de abril de 2004, por meio da
resolução 1542, para restaurar a ordem no Haiti, após um período
de insurgência e a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide. Depois
da renovação por mais um ano do período da missão de paz das Nações Unidas no
Haiti, a expectativa dos negociadores brasileiros é garantir espaço em uma
eventual reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas
(ONU).
Integrado por cinco membros permanentes e dez temporários, o órgão deve
refletir a adequada realidade política e econômica internacional, segundo o
governo do Brasil, uma vez que a formação atual é de 1945. Como permanentes no conselho estão Estados Unidos, França, China,
Rússia e Reino Unido - (grifo nosso), enquanto os temporários são Burkina
Faso, Costa Rica, Croácia, Líbia, Vietnã, Áustria, Japão, México, Turquia e
Uganda. Representantes dos dez países votaram favoravelmente à manutenção das
forças de paz até outubro de 2010. O Brasil é candidato a um assento
permanente, caso ocorra reforma no órgão. A discussão sobre a reforma no
conselho é constante. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveita as
oportunidades que tem para defender a reforma, e os diplomatas brasileiros mantêm
o assunto em pauta.
Em sua primeira visita oficial ao Brasil, o presidente dos Estados
Unidos, Barack Obama, manifestou "apreço à aspiração do País de tornar-se
membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e reconheceu as
responsabilidades globais assumidas pelo Brasil". A simpatia manifestada à
pretensão do brasileiro de integrar o Conselho da ONU, ainda que protocolar e
menos enfática que o apoio dado à Índia, superou as expectativas do governo.
E quando falamos de
operações de paz em que o Brasil participa, não podemos esquecer de conceituar
o seu significado. O conceito de “operações
de paz” foi criado tão logo a Organização das Nações Unidas (ONU) foi
fundada, consequência da necessidade de assegurar a paz e a segurança internacionais
no período pós - II Guerra Mundial.
O Brasil é o maior contribuinte de tropas para a
missão no Haiti e exerce seu comando militar desde 2004. Já enviou mais de 9.000
soldados e oficiais ao país e mantém hoje contingente superior a 2.000
efetivos.
Após a II Guerra Mundial, o Brasil participou de mais de 30
operações de manutenção da paz, tendo cedido um total de mais de 17 mil homens.
Integrou operações nos seguintes Continentes:
- Na África (entre outras, no Congo, Angola, Moçambique,
Libéria, Uganda, Sudão),
- Na América Latina e
Caribe (El Salvador, Nicarágua, Guatemala, atualmente o Haiti),
- Na Ásia (Camboja,
Timor-Leste) e
- Na Europa (Chipre,
Croácia).
Embora tenha enviado militares e policiais em diversos casos,
apenas a cinco operações o Brasil cedeu tropas, isto é, unidades militares
formadas:
- Suez (UNEF I),
- Angola (UNAVEM III),
- Moçambique (ONUMOZ),
- Timor-Leste
(UNTAET/UNMISET) e
- Haiti (MINUSTAH).
Esse papel de destaque persiste nos dias de hoje em reconhecer
participações do Exército Brasileiro no exterior, nas forças internacionais de
manutenção da paz, sob a égide de organismos internacionais, e também em sua
atuação em território nacional. (Dilma Rousseff).
Membros do Conselho de
Segurança
Composição em 2011 - o Conselho de Segurança da ONU é composto por cinco Membros
Permanentes, que possuem direito a veto. Os Membros Permanentes são: China, França, Rússia, Reino Unido e
Estados Unidos da América.
Fazem parte também do Conselho
dez Membros Não-Permanentes, que
são eleitos pela Assembleia Geral com mandatos de dois anos. Estes países não
possuem direito a veto. Em 2011, os dez Membros Não-Permanentes são:
África do Sul (que deixará o Conselho no final de 2012),
Alemanha (2012);
Bósnia-Herzegóvina (2011);
Brasil (2011), Colômbia
(2012);
Gabão (2011);
Índia (2012);
Líbano (2011);
Nigéria (2011); e
Portugal (2012).
Sobre o Conselho de Segurança -
a Presidência do Conselho é rotativa, seguindo a ordem alfabética (em inglês) do nome dos
países que fazem parte do órgão. Cada Presidente fica no cargo durante um mês. Os
dez Membros Não-Permanentes, eleitos pela Assembleia Geral por períodos de dois
anos, não podem ter mandatos consecutivos. O número de Membros Não-Permanentes
aumentou de seis para 10 através de uma emenda na Carta da ONU realizada em
1965. Cada membro do Conselho tem
direito a um voto. As decisões sobre questões de procedimentos são tomadas pelo
voto afirmativo de pelo menos nove dos 15 membros.
As decisões sobre questões de fundo exigem nove votos, incluindo
os votos afirmativos de todos os cinco membros permanentes. Esta é a regra
conhecida como “unanimidade das grandes
potências” ou poder de “veto”. Segundo a Carta da ONU, todos os Estados-Membros
da Organização das Nações Unidas concordam em aceitar e executar as decisões do
Conselho de Segurança.Enquanto outros órgãos das Nações Unidas fazem
recomendações aos governos, só o Conselho tem o poder de tomar decisões que os
Estados-Membros são obrigados por força da Carta a realizar.
Segundo o discurso da Senhora Presidente da
República Dilma Rousseff, em Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em
Nova York, diz que: a cada ano que passa, mais urgente se faz uma solução para
a falta de representatividade do Conselho Segurança, que corrói sua
credibilidade e sua eficácia. O ex-presidente Joseph Deiss recordou-me um fato
impressionante: o debate em torno da reforma do Conselho já entra em seu 18º
ano. Não é possível protelar mais.
O mundo precisa de um
Conselho de Segurança que venha a refletir a realidade contemporânea; um
Conselho que incorpore novos membros permanentes e não-permanentes, em especial
representantes dos países em desenvolvimento. O Brasil está pronto a assumir
suas responsabilidades como membro permanente do Conselho. Vivemos em paz com nossos vizinhos há mais de
140 anos. O Brasil tem promovido com eles bem-sucedidos processos de integração
e cooperação. Abdica, por compromisso constitucional, do uso da energia nuclear
para fins que não sejam pacíficos. Tenho orgulho de dizer que o Brasil é um país
de “paz”, estabilidade e prosperidade em sua região – e, até mesmo, fora dela.
No Conselho de Direitos
Humanos, o Brasil atua inspirado por nossa própria história de superação. Pois os
queremos para os outros países o que queremos para nós mesmos. O autoritarismo,
a xenofobia, a miséria, a pena capital, a discriminação – todos são algozes dos
direitos humanos. Há violações em todo o mundo em alguns lugares menos e em
outros mais sem exceção. Reconheçamos esta
realidade – o Brasil também tem problemas. E realmente inaceitável sem defesa,
sem meias-palavras, os casos flagrantes de violação, onde quer que ocorram.
Em entrevista intitulada “Política externa é uma política pública como as demais. Está sujeita à expressão
das urnas”, com a revista
Desafios do Desenvolvimento, por correio eletrônico, Celso
Amorim, então Ministro das Relações Exteriores do Governo Lula, asseverou aos
repórteres Douglas Portari e João Cláudio Garcia:
Desafios - O senhor acredita ser viável uma reforma da
ONU que espelhe a nova correlação de forças no mundo, esse espraiamento de
poder entre os emergentes, inclusive com mudança na composição do Conselho de
Segurança?
Amorim - O fenômeno mais importante das relações
internacionais do pós-Guerra Fria é a ascensão dos países em desenvolvimento e
a consequente multipolarização da ordem internacional. Países como China, Índia
e Brasil se tornaram imprescindíveis para a manutenção da estabilidade global –
e também para sustentar o crescimento da economia mundial. Não sou só eu que
digo: o historiador britânico Eric Hobsbawm, em recente entrevista, fez
referência aos países do grupo BRIC como protagonistas desse movimento
histórico. A nova configuração de poder nas relações internacionais tem tornado
a necessidade da reforma da ONU ainda mais urgente. O Conselho de Segurança
tem-se mostrado incapaz de oferecer respostas adequadas às crises muito em
função da perda de legitimidade e eficácia que decorrem de sua composição
obsoleta. A reestruturação do órgão responsável pela paz e segurança
internacionais se insere no contexto mais amplo da reforma da governança
global, cuja necessidade ficou mais evidente desde a eclosão da crise
financeira. Se a Organização não for
reformada, os países recorrerão cada vez mais a outros mecanismos de
coordenação internacional – formais ou informais – fora do sistema ONU (grifo nosso). A proposta do G4, formado por Brasil, Índia, Alemanha e Japão, de
criar novos assentos permanentes decorre de uma avaliação das reformas
necessárias para o fortalecimento da autoridade, legitimidade e eficácia do
Conselho. Propostas de reforma demasiadamente tímidas, que contemplem apenas a
expansão de membros não-permanentes, não seriam capazes de resolver os
problemas do órgão e apenas levariam à permanência da debilidade institucional
das Nações Unidas. Acreditamos que uma
política externa solidária é ao mesmo tempo humanista e atende aos interesses
brasileiros.
Desafios - Estamos hoje na “terceira geração”
brasileira de operações de paz, do Batalhão Suez, no Egito, passando pela
República Dominicana, Moçambique e Timor-Leste, até o Haiti. Que benefícios
esta atuação traz ao país?
Amorim - O Brasil acumulou grande experiência com a
participação nas operações da paz das Nações Unidas. Desde a época da Liga das
Nações, o Brasil tem-se envolvido em esforços desse tipo. Os militares
brasileiros já estiveram em 34 operações da ONU. No Haiti, temos tido a
oportunidade de comandar o componente militar da operação desde 2004, a chamada
Minustah (Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti). Não há
precedentes na história da ONU de um país que tenha ficado tanto tempo à frente
de uma mesma operação de paz.
O
mundo mudou e o Brasil também. A política externa brasileira precisava
acompanhar essas transformações (grifo nosso)..
Desafios - O fortalecimento de nossas Forças Armadas,
necessário a essa nova posição mundial, poderia inaugurar uma corrida
armamentista no continente?
Amorim - O Brasil está em paz com seus vizinhos há
quase 150 anos. Creio que seja o único país com essas dimensões que não se
envolve em um conflito armado com seus vizinhos há tanto tempo. O perfil de
busca da paz de nossa política externa é amplamente reconhecido por todos os
países da região, bem como nossa disposição de resolver as questões por meio da
diplomacia, da cooperação, da integração e do direito internacional. Entre os
grandes países, o Brasil talvez seja aquele que apresenta menor proporção de
gastos militares – somente cerca de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto). O
fortalecimento de nossas forças armadas é uma necessidade para a proteção das
nossas fronteiras e do nosso litoral – inclusive no que se refere às recentes
descobertas dos campos do pré-sal.
O Conselho de Segurança tem-se mostrado incapaz
de oferecer respostas às crises em função da perda de legitimidade de sua
composição obsoleta (grifo nosso).
O
Brasil procura coordenar-se em matéria de defesa e de segurança com nossos
vizinhos sul-americanos. Entendemos que as ameaças comuns aos países da região
precisam ser tratadas coletivamente. Por isso, apoiamos a criação do Conselho
Sul-Americano de Defesa no âmbito da Unasul [União de Nações Sul-Americanas].
Integração sul-americana.
A Nova ordem mundial: globalização
Ocorrido no pós-guerra e ter entrado em exaustão o crescimento industrial dos países capitalista na década do século xx, acontece que contribuíram muito o aumento no desemprego, o empobrecimento de parte da população mundial e a diminuição de demanda do consumo e, por outro lado, a superprodução global e o declínio da margem de lucro do capital. Com a crise mundial do sistema capitalista, buscou-se uma forma de restruturar as economias dos Estados-nações. A solução encontrada pelos principais centros de poder (países capitalista ricos, empresas transnacionais, FMI e Banco Mundial) foi a adoção dos princípios neoliberais. (COELHO, 2008, p. 75).
Quando a sociedade
começou a se estabelecerem e haver
contatos entre si, facilitou muito a forma de se comunicar, nesse caso, foi o
momento onde a globalização facilitou bastante
a comunicação em tempo real.
As principais características da globalização tenta homogeneizar os
centros urbanos, a expansão das corporações para regiões fora de seus núcleos
geopolíticos, a revolução tecnológica nas comunicações e na eletrônica, a
reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais regionais (não mais
ideológicos), a hibridização entre culturas populares locais e uma cultura de
massa supostamente "universal", entre outros.
A Globalização é o conjunto de ações que
interligam e tornam independentes as nações em termos econômicos, culturais,
sociais e político, atualmente no mundo cada vez menor, e todos se conhecem e ficam sabendo de
tudo que ocorre no planeta, através de programas de TV, internet e etc.
Globalização
é o conjunto de ações que interligam e tornam independentes as nações em termos
econômicos, culturais, sociais e político, atualmente o mundo vem ficando
menor, e todos se conhecem e ficam sabendo de tudo que ocorre no planeta, através
de programas de TV, internet e etc.
Fim da
polaridade política: guerra fria, fim do comunismo, novo capitalismo
O contexto da Guerra Fria e a sua lógica de ação
levaram a comunidade internacional dentro de um padrão de conduta que
perpassava pela espiral de insegurança. Essa busca pela segurança forçava as
Grandes Potências a empregar e a concentrar parte da verba pública no esforço
das inovações cientificas e tecnológicas, tal predisposição econômica necessitava
de um aparato político-ideológico forte o suficiente para manter a potência em
questão e também, de certa forma, bancar suas áreas de influência.
O sistema bipolar rígido desarticulou-se. No
bloco soviético a China, após o XX Congresso do Partido Comunista da União
Soviética, entra em processo de dissidência. A princípio, circunscrita a
discussões no seio dos aparatos dos dois partidos comunistas, transforma-se, na
década de 60, em verdadeiro conflito ideológico e político cujas raízes a
rigor, remontam às velhas disputas territoriais entre a Rússia czarista e a
China imperial, diferenças que vieram a tona agravadas pelas instáveis relações
que estabeleceram entre Mao Tsetung e seus partidários e os lideres soviéticos
desde a fundação do PC chinês (Pereira, 1984, pág 48).
Pólos de poder regionais são qualitativamente distintos
dos pólos de poder globais, não apenas pelas diferenças econômicas e de
capacidades militares ou de projeção de forças,
mas também porque as características da competição inter-estatal no nível
global, ou do conjunto do Sistema Internacional, são bastante distintas das
exigências da competição nos continentes e regiões. A Polaridade no Sistema Internacional depende basicamente do
número de pólos com capacidade de atuação, projeção de forças e competição em
todo o globo, sendo que na atualidade, outros critérios também são relevantes,
como a capacidade nuclear de ataque e contra-ataque.
Nas eventuais crises regionais, como na América do Sul ou até nos países
africanos de língua portuguesa, o Brasil vem desempenhando diversas missões
como um dos mais respeitados negociadores, contribuindo de forma decisiva para
a manutenção da paz. Vem adotando a sua tradicional política externa, de forma
que as diferenças de posições sejam resolvidas por entendimentos diplomáticos,
sem a necessidade de recorrer aos poderes militares.
Toda esta nova tendência vem evitando a polarização mundial que
existiram no passado, pois a realidade internacional está mais equilibrada, com
a redução da importância dos Estados Unidos, e com a ascensão da China que
acabou com a polarização que havia com a Rússia e o bloco dos países seus
aliados no Leste. A chamada guerra fria não mais existe, com uma diversificação
maior dos poderes econômico, político e militar. O que se espera é que estas
negociações para a reforma das Nações Unidas, ajustando-se a nova realidade
mundial, tenham uma decisão.
Se
ingressar para o conselho, ele (Brasil) prestará ainda mais auxílio ao sistema,
pois estará envolvido nas tomadas de decisões. Com duas exceções, o Brasil tem
fronteira com todos os países na América do Sul. O Brasil não tem histórico de
ser bandolero. É um País que respeita mais o direito do que a força e sempre
deu importância aos tratados internacionais. Tem uma população grande, tem uma
economia relativamente grande, emergente e é um país que tem uma filosofia
amistosa, amigável. (grifo noso).
Capricho
diplomático
Pertencer ao seleto grupo do Conselho de Segurança (CS) implica
grandes responsabilidades e, ao mesmo tempo, um aumento de nossa inserção e
influência internacionais. Certamente haverá custos humanos e materiais, que
deverão ser compensados por uma espécie de seguro total e uma oportunidade
extraordinária de defender, mais do que os nossos interesses nacionais, nossa
visão do mundo.
Interdependência
econômica e política entre as nações
A interdependência econômica entre as nações aumentou
consideravelmente na segunda metade do século passado e muito tem contribuído
para a melhoria do padrão de vida em vários países. Todavia, a vulnerabilidade
das economias nacionais a eventos e políticas internacionais tem criado dilemas
e dificuldades no gerenciamento da política nacional e da cooperação
internacional. Ao mesmo tempo em que se busca a integração econômica, as nações
buscam sua autonomia política. A crescente integração econômica entre as nações,
com o objetivo de eliminar as diferenças econômicas, surge como limitação dessa
autonomia nacional, verificando-se, pois, verdadeira tensão. Essa tensão é
claramente sentida no mercado de trabalho quando da implementação e execução de
direitos fundamentais do trabalho, reconhecidos internacionalmente por
intermédio da Declaração de 1998 da Organização Internacional do Trabalho. A
conclusão é que tais políticas somente podem ser implementadas pelo fortalecimento
de regimes internacionais, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT)
ou a Organização Mundial do Comércio (OMC), com a estipulação de que os países
signatários de tratados e convenções relevantes sejam responsáveis por sua
implementação no âmbito nacional. Isso, certamente, representa a derrogação da
autonomia nacional em face do movimento global, como resultado de uma regulação
harmonizada e que depende de execução internacional, por meio de cláusulas
sociais inseridas nos acordos de comércio internacional.
Surgimento
de novos blocos econômicos
Acordo
intergovernamental, muitas vezes parte de uma organização
intergovernamental, onde barreiras ao
comércio são reduzidas ou eliminadas entre os Estados participantes.
A maioria
dos blocos comerciais estão definidos por uma tendência regional e podem ser
classificados de acordo com seu nível de integração
econômica. Os Blocos Econômicos são
associações de países que estabelecem relações econômicas privilegiadas entre
si e que tendem adotar uma soberania comum.
cia Tarifária, que consiste em estabelecer níveis
cia Tarifária, que consiste em estabelecer níveis
Países
emergentes e nova polarização política
A expressão países emergentes foi substituída
por 'em desenvolvimento', antigamente, conhecidos como países de Segundo e
Terceiro Mundo. Veja bem: para se entender o que é um país de Terceiro Mundo, é
preciso mergulhar na história, mais precisamente, na Guerra Fria (1945 - 1989).
O período das batalhas indiretas marcou-se por causa dos Estados Unidos e os
seus aliados. Eles formaram um bloco capitalista, conhecido como Primeiro
Mundo.
Na época, eram as nações da América do Norte:
Canadá e Estados Unidos; parte da Europa Ocidental, Japão, Austrália. O Segundo
Mundo era representado pelos socialistas: União Soviética, a China, Coreia do
Norte e Cuba. O Terceiro Mundo era composto pelos países da América do Sul, o
continente africano, em sua totalidade, e parcela da Ásia e Filipinas. Esses,
formavam os países neutros, não se posicionavam em relação a nenhum dos grandes
blocos: capitalista e socialista.
Os países considerados como emergentes são
aqueles que apresentam grande potencial e buscam se reordenar em vários
aspectos: mercado, político e apresentam uma alta taxa de crescimento – o que
contribui para as relações econômicas no exterior. Ou seja, uma nação rumo ao
desenvolvimento passa pelo processo de globalização. Os que estão no decorrer
dessa evolução são chamados de emergentes. Podem ser tomados como exemplo
Brasil, Rússia, Índia e China. Eles formam o grupo denominado de BRIC – termo
criado por Jim O'Neill, presidente da Goldman Sachs.
Em consideração e diante de todo o
exposto, entendemos que o que se deve levar em consideração, acima de tudo, sobre a questão de o Brasil vir ter a
possibilidade ou não da perspectiva de integrar ao Conselho de Segurança
permanente das Nações Unidas, vem numa luta constantemente por parte dos
administradores do Estado que a cada ano que passa labuta arduamente, para
conseguir a tal conquista de permanecer em uma cadeira fixa. Mas por trás de
tudo isso existe uma política muito forte dessa Organização de forma rever tais
conceitos entre os Países membros permanentes que não permite essas condições
do Brasil não fazer parte desse membro. Portanto, observo que existe algo após
ter apresentado condições e se esforçar tanto pela luta dessa permanência das
missões que tenta cumprir, mesmo com uma despesa muito árdua para os cofres
públicos e com a finalidade de conquistar com êxito. Entretanto, esses países
que são membros permanentes no conselho de
segurança como Estados Unidos, França, China, Rússia e Reino Unido - (grifo nosso), procuram não
atender e nem mudar ou até mesmo rever uma política social e democrática através de debates
entre eles mesmo, para analisarem às condições e ver se há ou não dessa
possibilidade de tanto esforço que uma nação faz em busca de tantos serviços
prestados as Nações Unidas, em ajuda humanitária e missão de manutenção da paz,
há bastante tempo e até mesmo pós- II Guerra Mundial. Cumprindo rigorosamente determinações
que o Conselho de Segurança das Nações Unidas, cita na sua Carta, conforme
menciona o artigo 1º da Carta das Nações Unidas onde define como objetivos principais das Nações Unidas, in verbis:
Art.1º Os
propósitos das Nações unidas são: 1. Manter a paz e a segurança internacionais
e, para esse fim: tomar, coletivamente, medidas efetivas para evitar ameaças à
paz e reprimir os atos de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e chegar,
por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito
internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias ou situações que possam
levar a uma perturbação da paz. 2. Desenvolver relações amistosas entre as
nações, baseadas no repeito ao princípio de igualdade de direitos e de
autodeterminação dos povos, e tomas outras medidas apropriadas ao
fortalecimento da paz universal.
Após ter citado supramente o artigo
acima da referida Carta da ONU, é existe que o país integrante do Conselho de Segurança
não-permanente das Nações Unidas, possa investe em apoio ao país emergente, a sua
economia também sofre com isso e também poder
manter o emprego de tropas numa missão de paz de alto nível e até mesmo no
apoio humanitário ao país onde esteja, por exemplo e atualmente o Haiti,
cumprindo orientações através de Resoluções do Conselho imposta pela égide das
Organização das Nações Unidas.
A luta pela permanência em cadeira fixa
no Conselho das Nações Unidas, é uma luta constante e até mesmo ter que
participar com igualdade como a participação do Japão 10 (dez) vezes, com
igualdade com o Brasil, é uma labuta constante e não para.
Observamos que o Conselho de Segurança precisa refletir e discutir essa realidade contemporânea: um Conselho que incorpore novos membros permanentes e não-permanentes, com outras visões voltadas para uma melhora na política de paz do mundo, em especial representantes dos países em desenvolvimento. Após tanto empenho em que o Brasil vem em busca por está pronto a assumir responsabilidades como membro permanente do Conselho. É um país que vive em paz com nossos vizinhos há mais de um século. Tem em busca com eles bem-sucedidos processos de integração e cooperação. Cumpre um compromisso Constitucional, do uso da energia nuclear para fins que não sejam pacíficos. Orgulha-se em dizer que é um país (Brasil) de “paz”, estabilidade e prosperidade em sua região e, até mesmo, externamente. O Conselho de Segurança precisa realizar um estudo politicamente sério para poder rever se há ou não necessidade de mudança nas cadeiras permanentes e não-permanentes. E vejo que não há interesse dos países permanentes em mudar no momento. É o meu entendimento.
Referência BIbliográficas
BRASIL. ESTADO-MIOR DO EXÉRCITO. Manual de Campanha do Exército Brasileiro C 95-1 - OPERAÇÕES DE
MANUTENÇÃO DA PAZ, 2ª Edição, 1998. (p. 1-1).
Mensagem da Sra Presidente da República, Dilma Rousseff, por ocasião do Dia do Exército Brasileiro,
Boletim Especial do Exército nº 6, de 20 abr 12, p. 3.
Coelho, Marcos Amorim, Terra Lygia. Geografia Geral: o espaço natural e socioeconômico. 5. ed. reform.
e atual.São Paulo: Moderna, 2005.
BRASIL.
Discurso de S. E. A Senhora Dilma Roussef, Presidenta da República Federativa
do Brasil, na abertura do debate geral da 66ª Sessão da Assembleia Geral das
Nações Unidas, Nova York, 21 set. 11.
Ver também:
Palácio Itamaraty,
Brasília. Disponível em:<.http://www.itamaraty.gov.br/temas/temas-multilaterais/paz-e-seguranca-internacionai...>
Acesso em: 15 jan. 12.
Disponível em:<http://www.brasil-cs-onu.com/o-conselho/membros>Acesso
em: 25 set. 11, às 15h58min.
Portari, Douglas
e Garcia, João Cláudio. Brasília. Colaboraram Adelina Lapa, Fernanda Carneiro e
Fernanda Góes. Celso Amorim. “Política externa é uma política
pública como as demais. Está sujeita à expressão das urnas” - Desenvolvimento
• maio/junho de 2010.
É Graduando em Direito pela Faculdade
Salesiana do Nordeste. Tem Especialização lato-sensu em
programação de ensino em Geografia do Brasil pela FAINTVISA - Faculdades Integradas da Vitória de Santo
Antão. É Graduado
em Geografia (bacharelado) pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP. É também Graduado em Geografia
(licenciatura) pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP. Foi Professor da Rede
Estadual de Pernambuco no período de 04/03/1999 à 09/01/2005.
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